Entre os 46 e 55 anos, mulheres com órgãos femininos funcionais, poderão passar por alterações no ciclo menstrual. Esta fase é chamada de climatério. E, depois de 12 meses sem menstruação, entrarão em um novo momento de sua vida: a menopausa.
Até que a menstruação cesse em definitivo, de 16% a 40% das mulheres poderão apresentar alterações corporais, sintomas vasomotores – como ondas de calor e suores noturnos -, dificuldades para dormir, alterações de humor e dores nos músculos e articulações.
O índice é variável porque pesquisas na área de endocrinologia e ginecologia têm indicado que fatores sociais, culturais e até mesmo econômicos interferem na percepção da menopausa pelas mulheres.
Enquanto nos Estados Unidos, uma pesquisa realizada em 1980 indicou que 42% se sentiam aliviadas por estar na menopausa, um estudo realizado em 2001 na Austrália apontou que 90% das mulheres não afirmavam não estar incomodadas pelas mudanças psicológicas e físicas da menopausa.
Já em países onde o sexismo, a discriminação por raça, gênero e idade se evidenciam, caso do Brasil, as mulheres tendem a sentir o maior impacto da menopausa.
Por isso, é fundamental conversar abertamente sobre o tema em família, círculo de amizades, trabalho para desassociar a ideia da menopausa à declínio e fortalecer a ideia de que é um novo momento na vida da mulher, inclusive de maior plenitude para aquelas que se sentem incomodadas em menstruar mensalmente.
Bem, e no caso de ocorrerem alterações físicas e psicológicas durante a menopausa? Bem, saiba que podem ser gerenciadas pelo uso de fitoterápicos, prática de atividades físicas ou de fisioterapia, psicoterapia e, se necessário, reposição hormonal.
Se seu ciclo menstrual apresenta alterações, converse com sua médica endocrinologista para mais informações e orientações.
Ivanise Cortez Figueiredo
Médica endocrinologista
CRM-SP 87276 I RQE 97843
